quinta-feira, 3 de maio de 2007

Despertar




Olá amiguinhos, tenho tido um pouco de trabalho... o que por vezes faz com que as ideias fujam... e eu não consigo apanhá-las... por isso, a minha ultima ausência...

Mas, hoje, fez-se luz, logo de manhã...um Amigo (letra grande) enviou-me um sms, simples, mas muito bonito que é-me impossível não vos apresentar:

"Dizem que o sorriso é a forma mais simples de dizer que gostamos de alguém...
Ontem à noite perguntaram-me o que sentia por ti e eu, simplesmente, sorri!
Bom dia"











Beijinhos

2 comentários:

Anónimo disse...

Os amores ficam, claro, em lembranças muitas, tantas, lindas, incríveis, às vezes doídas e incômodas de tão doces. Lembramos do rosto, do corpo, de grandes momentos, podemos descrever um dia inteiro, uma noite toda, semanas, meses, mas as lembranças mais persistentes, mais arraigadas, mais inesquecíveis e irrepetíveis são as pequenas memórias, as memórias ínfimas que quase não podem ser explicadas com a precisão necessária para que alguém entenda exatamente do que estamos falando. São gestos, manias, tiques, meandros, a entonação de uma determinada frase em um determinado momento, detalhes (tão pequenos de nós dois...) que vão seguir ecoando pela vida toda como se lá, de vez em quando, aqueles momentos viessem revisitar os nossos sentidos e pousassem fugazes outra vez em nós, incólumes, preservados, intocados e perfeitos. As pequenas memórias podem ser palavras ditas de um certo modo, com mais erres ou mais esses, uma frase entrecortada por uma respiração, uma maneira de mexer nos bolsos, de arredar uma cadeira, de abrir uma cortina, de olhar em interrogação, de morder o lábio, de esfregar os olhos, de encostar o dedo na têmpora, de segurar pela cintura, de servir o vinho, de procurar a mão. É mesmo um quase milagre que, no exato momento em que nasce uma pequena memória, já sabemos de sua eternidade, já está ela atrelada a nossa vida, tatuada até que nem morte nos separe, porque a memória não está no outro, não é do outro, é do amor em nós, do que sentimos naquele instante, daquela felicidade, daquela gota de ressonância perfeita. As pequenas memórias são, sim, uma lembrança imperecível do nosso estado de absoluta graça, entrega, felicidade, completude, enternecimento, abandono, gozo, alegria, paz, desejo, ânsia, prazer. As pequenas memórias são os melhores pedaços de nós mesmos e assim continuarão conosco para os séculos dos séculos, amém, como continua conosco a capacidade de sermos felizes. E isso, bem, isso ninguém nos tira.

Cristina disse...

Pois é, meu querido alentejano, tens toda a razão... as memórias vividas, por mais pequenas que sejam, são nossas, intimas,pessoais... de tal modo, que ninguém as entende...são nossas...

Mas a vida é feita de momentos felizes, menos felizes e maus... mas, se não fossem essas pequenas memórias, ninguém poderia dizer que "Eu vivi..."...

Obrigada pelo teu comentário e, pela oportunidade que me ofereces em adquirir mais pequenas memórias...

Beijinhos